quarta-feira, setembro 13, 2006

Tabaqueiras produzem cigarros que aumentam o vício


Segundo as conclusões do estudo, esse aumento do teor de nicotina potencia o vício e reduz o êxito das tentativas de desabituação. Os investigadores analisaram relatórios produzidos desde 1998 pelas tabaqueiras em que aparecem quantificadas as substâncias presentes nos ciga rros. Contudo, esses dados baseiam-se em máquinas que não simulam adequadamente o acto de fumar, por não taparem os orifícios de ventilação dos filtros, ao contrário do que fazem os fumadores quando os seguram entre os dedos ou na boca, assinala o estudo.Para suprir esse défice, o Departamento de Saúde Pública de Massachusetts concebeu um método de medição das substâncias dos cigarros que não tapasse os or ifícios. O novo sistema permitiu constatar que os índices de nicotina eram o dobro dos obtidos pelo método tradicional.Ao estudar desta forma a presença daquela substância, os investigadores ob servaram que ela aumentou a um ritmo crescente entre 1998 e 2004. Das 179 marcas de tabaco analisadas em 2004, 93 por cento tinham o nível máximo de nicotina permitido pelo Estado do Massachusetts, quando em 1998 esse nível foi alcançado por 84 por cento das 116 marcas então analisadas.Além disso, o conteúdo de nicotina não variou em função das variedades "full flavour", "médium", "light" ou "ultralight" comercializadas pelas marcas. De facto, entre as que chegaram aos níveis máximos em 2004 estavam 59 "light" e 14 "ultralight".Segundo o "Washington Post", estes aumentos foram especialmente observados nas marcas mais compradas por menores e determinadas minorias. Entre elas estav am a "Marlboro", a "Camel" e a "Newport", populares entre os jovens, ou a "Kool" , de cigarros mentolados muito procurados pela população afro-americana. Do lado das tabaqueiras, e após um recente processo contra elas, foi decidido não fazer declarações à imprensa. Duas delas, a "RJ Reynolds" (responsável pela "Camel" e a "Kool") e a "Lorillard Tobacco Co.", decidiram mesmo cancelar temporariamente as suas páginas na Internet.
(Jornal 24Horas edição 13-09-2006)

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